12-01-2012 - 16:04
Avaliadores externos do programa estão “impressionados com os resultados” (2012-01-11)
Os avaliadores externos do programa de parceria de investigação científica Carnegie Mellon Portugal estão “impressionados com os resultados” do programa e esperam que a actual conjuntura não impeça a continuidade da investigação em sectores “cruciais para o sucesso do país”.
O programa de parceria com aquela universidade norta-americana foi desenvolvido para colocar Portugal “na vanguarda da inovação”, através da investigação de ponta, da excelência na formação pós-graduada e de uma ligação muito próxima à indústria portuguesa. É financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e centra-se na investigação em tecnologias de informação e comunicação.
Alvo de uma avaliação anual externa, o presidente do comité de avaliação externa, John O’Reilly, em Portugal para a reunião de avaliação relativa a 2011, que decorreu dias 9 e 10 de Janeiro, disse à Lusa estar “impressionado com os resultados e a qualidade da investigação” do programa e recomenda a sua continuidade.
“Os padrões que se estão a atingir e a qualidade são comparáveis aos níveis mais elevados das melhores prestações internacionais na área. Tem sido encorajador ver que mesmo numa altura em que estamos confrontados com uma enorme incerteza na economia, e até em relação ao futuro, se têm continuado a verificar importantes desenvolvimentos”, afirmou O’Reilly, vice-reitor da Universidade de Cranfield, Reino Unido, e conselheiro do Governo britânico e da Comissão Europeia na área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
O presidente do comité de avaliação destacou a importância que este programa teve na aproximação das universidades portuguesas às empresas e ao sector industrial, que permitiu a criação nos últimos três anos de cinco startups, empresas saídas de investigações bem sucedidas que já conseguiram encontrar um mercado para a comercialização e internacionalização.
Sobre o futuro, o responsável máximo pela avaliação externa do programa referiu que a economia é provavelmente o maior desafio que a parceria vai enfrentar para conseguir assegurar a sua continuidade, e numa altura em que todos os custos são analisados de forma muito criteriosa, há um caminho a percorrer que os avaliadores entendem como o mais válido.
“O que dissemos no relatório é que recomendamos fortemente a continuidade do programa, mas em direcção a uma forma que permita a auto-sustentação. Isso não se consegue da noite para o dia” e o caminho a percorrer “deve permitir compreender os benefícios dos investimentos que já foram feitos”.
John O’Reilly entende que são empresas como as cinco ‘startups’ saídas do programa que vão permitir que a economia nacional avance e considera fundamental que se mantenha o investimento nas TIC, “um sector crucial para o sucesso em qualquer área de negócio ou científica”.
Fonte: www.cienciahoje.pt